Fórum discute mais segurança no Campus Uvaranas
por Assessoria de Imprensa
A proposta dos estudantes de criação de
uma ‘rota segura’ e a apresentação, pela Pró-Reitoria de Planejamento
(Proplan), do projeto de revitalização do Campus Uvaranas da
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com reformulação do
sistema viário, implantação de uma ciclovia e melhoria da iluminação,
foram os principais pontos de discussão no Fórum ‘UEPG + Segura’,
realizado nesta quinta-feira (27), no auditório do PDE (Campus
Uvaranas). O encontro organizado pela Pró-Reitoria de Graduação
(Prograd) reuniu representantes da comunidade universitária, dos órgãos
de segurança pública e do Legislativo Municipal.
A realização do fórum integra a pauta de
reivindicações do movimento estudantil, para discussão dos problemas de
segurança no Campus Uvaranas, agravados pela ocorrência recente de
assaltos a estudantes no período noturno. A vice-reitora Gisele Alves de
Sá Quimelli abriu o encontro, destacando a importância do debate, para a
construção coletiva de possíveis soluções para dar mais segurança à
comunidade universitária. Nesse sentido, agradeceu a participação de
representantes das forças de segurança e do Legislativo municipal,
observando que essa questão envolve também a sociedade ponta-grossense.
A ideia da criação de uma ‘rota segura’
partiu do movimento estudantil, observando alguns critérios como os
caminhos mais percorridos pelos usuários do Campus Uvaranas; locais com
menos iluminação; e pontos com maior incidência de assaltos. Iniwara
Pereira, acadêmica de Ciências Biológicas, apresentou duas opções de
rota: uma que o movimento considera ideal; e outra, com menor custo para
sua implantação. Em ambas, sugerem a instalação de mais guaritas de
vigilância; aumento do efetivo de vigilantes; manutenção e sinalização
da rota; e adaptação do serviço tático móvel de vigilância à rota.
O projeto de revitalização do Campus
Uvaranas foi apresentado pelo pró-reitor de Planejamento, Ariangelo
Hauer Dias. “Essa questão sempre foi uma preocupação nossa”, disse,
comentando que a motivação do projeto é, principalmente, a melhoria das
condições de mobilidade no campus. “A segurança se insere nesse plano”,
completou. Na concepção do projeto, destaca a apoio de professores de
Engenharia Civil, incentivando alunos a desenvolverem ‘TCCs’ sobre o
tema. No projeto se destacam a criação de ciclovias, que servirão também
aos pedestres; e ao longo dessa faixa, a melhoria da iluminação,
praticamente dobrando o sistema existente hoje, com postes mais baixos e
lâmpadas de led.
Representando os órgãos de segurança, o
secretário municipal de Cidadania e Segurança Pública, Ary Lovato, disse
que a Guarda Municipal, por questões legais, não pode atuar no interior
do Campus. Contudo, atua fortemente no seu entorno, com equipes de GMs e
monitoramento por câmeras de última geração. Disse que a questão da
violência em universidades não ocorre apenas em Ponta Grossa. “A
violência hoje faz parte do dia a dia das pessoas e tem suas origens em
conjunturas de ordem social”. O comandante da 1ª Cia. da PM, Adriano
Joel de Oliveira, apresentou números que mostram que o índice de
ocorrências de roubos no campus é ínfimo. “Neste ano foram quatro em
quatro meses. No bairro de Uvaranas, 101 casos; e em Ponta Grossa, 511”.
O vereador João Florenal da Silva
representou o Legislativo. Como empresário radicado em Uvaranas, disse
que a situação no bairro se agrava a cada dia. Coloca como causa o
aumento significativo da população, com instalação de novos condomínios e
conjuntos habitacionais, sem a estrutura necessária. Ele vê o Campus de
Uvaranas muito exposto, com vários pontos de entrada, citando como
ponto crítico os limites com a linha férrea. Para melhorar a situação,
se propôs a montar uma comissão de vereadores para reivindicar junto aos
governos do Estado e da União recursos necessários para a implantação
de projetos que tragam mais segurança ao bairro e à comunidade
universitária.
Ainda se pronunciou o prefeito do Campus,
professor Ítalo Sérgio Grande. Ele apresentou o funcionamento do
serviço de vigilância patrimonial da instituição, com efetivo de 57
agentes de segurança; 24 pontos de vigilância; seis veículos para
patrulhamento e um sistema de monitoramento por câmeras, com 268
equipamentos em Uvaranas; e 60, no Campus Central. Enfatizou a questão
da dimensão do campus, de 48 alqueires; 8 quilômetros de perímetro; e
120 mil metros quadrados de área construída. Ainda citou o problema da
iluminação prejudicada pelo crescimento das árvores; e o fato da
vigilância ser patrimonial, sem o treinamento necessário para atuar na
segurança pessoal.
Após as exposições, na mediação do
debate, o pró-reitor de Graduação, Miguel Archanjo de Freitas Júnior,
abriu espaço para a participação da plenária. Em uma das intervenções, o
diretor do Setor de Ciências Exatas e Naturais, Luiz Alexandre Cunha,
expôs sua visão de que o campus deve ser aberto para a comunidade, com a
realização de eventos culturais e esportivos, para transforma-se numa
opção de lazer para as pessoas. No encerramento, o mediador agradeceu a
presença dos vários segmentos, observando que essa participação será
fundamental para que as ações propostas se concretizem e a comunidade
universitária sentir-se, efetivamente, mais segura.
Fonte: UEPG