Colégio Agrícola Augusto Ribas, Educação e Técnica a Serviço da Agricultura.

Comemorações - 75 anos

É muito gratificante fazer parte das história do Colégio Agrícola Augusto Ribas. Em 17 de setembro de  2012 são 75 anos de história, e como esta escrito no painel do alojamento masculino.
"Educação e Técnica a Serviço da Agricultura."











Muitos passaram pelos bancos escolares desta instituição, muitos nunca mais voltaram, outros algumas vezes, alguns constantemente passam por aqui e aqueles que resolveram fazer parte integral deste colégio, como diretor, professor, orientador, técnico e funcionário.
Durante alguns dias do mês de setembro de 2012 ocorreram algumas atividades em alusão a esta data comemorativa. As quais seguem:


Ex-aluno narra experiência e incentiva estudantes do CAAR


por Neomil Macedo

“O Colégio Agrícola é base para toda a minha vida”. Assim o técnico em agropecuária Paulo Ricardo Solda expressa sua gratidão a tudo o que vivenciou e aprendeu nos três anos (2006/2008) em que estudou no Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas (CAAR). Na última sexta-feira (21/9), o ex-aluno voltou ao colégio para falar sobre sua vida profissional como consultor da empresa FT Sementes, de Ponta Grossa, e dar testemunho sobre a importância da dedicação aos estudos e às amizades semeadas nos tempos escola. A programação integra a série de eventos comemorativos aos 75 anos do Colégio Agrícola cuja estrutura está ligada à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Na conversa com os alunos do CAAR, Paulo Solda destacou a oportunidade de repassar um pouco da sua experiência como técnico da FT Sementes e suas pesquisas na área de melhoramento genético da soja, tendo oportunidade conhecer todas as regiões agrícolas do Paraná, cada qual com um tipo de solo e especificidades de manejo. “Em maio deste ano conheci a região do cerrado, em Goiás”, contou, ressaltando que “lá em cima” a procura por técnicos agrícolas é gigantesca. “Paga-se muito bem”. Diante dessa alta taxa de empregabilidade, aconselhou a todos a se empenharem nas aulas e nas atividades prática, procurando se antecipar e buscar algo mais do que é repassado pelos livros e pelos professores.
Outro aspecto importante na formação do técnico agrícola, segundo o ex-aluno do CAAR, é o relacionamento com os professores e com os colegas. “Aprender a trabalhar em equipe é fundamental para o sucesso nessa profissão”, disse, enfatizando ainda a necessidade de gostar realmente do que faz. “Sou o que se chama de ‘piá da cidade’, mas sempre tive a vida ligada ao campo, por causa das origens da minha família. Por isso, desde criança sempre me interessei pelas coisas do campo e, posso dizer com segurança, que me completei quando ingressei no colégio, que oferece estrutura e professores capacitados para uma formação de qualidade”.
Segundo Paulo Solda, estes sentimentos todos vão aflorar na vida de cada um no início e durante da carreira profissional. “Você passa três anos em meio aos amigos, aos professores e aos funcionários do colégio. Aí se forma, deixa tudo isso para trás e inicia um novo processo, começando do zero”, disse, comentando sobre os obstáculos que todos têm frente. “É você ali, no meio de profissionais com larga experiência, com anos de vivência, tendo que desenvolver o seu trabalho a partir do que aprendeu na escola, tendo que honrar o nome do colégio e a profissão que escolheu. Tem horas que você sente saudade, mas tem que seguir em frente”.
Hoje, como acadêmico do quarto período do curso de Agronomia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage), Paulo Solda vê a oportunidade de avançar na profissão, através da dedicação à pesquisa. Trata-se, segundo ele, de uma evolução natural, sem jamais esquecer a importância do técnico em agropecuária no cenário do agronegócio brasileiro. “Vou sempre honrar a profissão de técnico agrícola, que me ensinou o que é o campo e o que o campo pode nos ofertar”, disse, finalizando que sua missão na palestra aos alunos do CAAR foi de incentivar e mostrar que com o curso de técnico em agropecuária pode se chegar longe.
O diretor do CAAR, professor Alcebíades Antônio Baretta, agradeceu a presença de Paulo Solda e as palavras de incentivo aos alunos, destacando que, hoje, praticamente todos saem do colégio com vaga garantida no mercado de trabalho. Outros passam no vestibular, ingressam na vida acadêmica e se dedicam à pesquisa, graças à qualidade dos professores do colégio e à infraestrutura disponibilizada pela UEPG. Ainda este ano, Baretta pretende trazer outros ex-alunos para compartilhar experiências com os alunos também nos segmentos do comércio e da assistência técnicas, duas importantes frentes de trabalho que têm absorvido boa parte dos técnicos formandos no CAAR.











Mais de 100 alunos disputam Corrida de Aventura do CAAR


por Neomil Macedo

Alunos do Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas (CAAR) liberaram a adrenalina, neste sábado (22/9), na disputa da Corrida de Aventura alusiva aos 75 anos do colégio, comemorados no último dia 17 de setembro. A corrida organizada pelo projeto voluntário “Anjos do Tempo” do 13º Batalhão de Polícia Militar – 13º BPM, de Curitiba, contou com a participação de 110 estudantes, num circuito montado no Campus Universitário de Uvaranas, com provas de velocidade, agilidade, força física e concentração mental.
O projeto “Anjos do Tempo” tem como idealizador o 2º sargento Jelson Saldanha Maciel, que reuniu companheiros da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para o desenvolvimento de uma iniciativa com ênfase no regaste de valores e proteção à natureza. Com base nos pilares da força, verdade, honra e justiça, visa ao resgate do bem, no âmbito familiar, escolar e social. No percurso da corrida de aventura, as equipes formadas por seis alunos precisam transpor diversos obstáculos, revezando-se em provas de corrida, salto, orientação, escalada e arvorismo, além de conhecimentos de matemática, geografia e outras disciplinas.
As medalhas de campeão da primeira edição da Corrida de Aventura do CAAR ficaram com a equipe “Os Lobos”, formada pelos alunos Michael Luiz Ferreira; Matheus Ferreira Bueno; Uilho Ferreira Carpenedo; Welson Luis Gomes Junior; Rodrigo Jensen da Silva e Natanael Ribeiro de Andrade. Em segundo, ficou o time “Araucária”, composta por Murilo Santos de Souza; Sandro Henrique Canteri; Jonas Valdenei de Almeida; Gustavo Lerner; Murilo Hilgemberg e Eduardo Felipe de Souza Carvalho.
Em terceiro lugar, chegou o grupo “Os Leopardos”, com a participação dos alunos Gabriel Siqueira Carneiro; Dênis Vinicius Palhano; José Matheus Basilio; Rodrigo Machado Arpelau; Douglas Ismael Denck e Leonardo André Fiorillo. O quarto lugar ficou com a equipe “Tempestade”, composta por Nagila Maria Ferigotti; Izamara Schastai; Melissa Yuka Outi; Natani Machado Castanho e Fernando Tiago da Silva. As medalhas foram ofertadas pelo projeto “Anjos do Tempo”.
O diretor do CAAR, professor Alcebíades Antônio Baretta, destaca a disponibilidade do sargento Jelson e sua equipe de colaboradores em trazer esta atividade para Ponta Grossa, assim como o apoio do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), comandado pelo tenente Saulo. Também contribuíram os professores Iluir e Odival, os servidores da cozinha, e a Associação de Pais e Mestres do colégio. “Todos se dedicaram para o sucesso da promoção, que certamente terá novas edições”, completa Baretta.
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Colégio Agrícola comemora 75 anos de história


Como Escola de Trabalhadores Rurais, o Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas (CAAR) iniciou suas atividades em setembro de 1937, na gestão do governador Manoel Ribas


por Marilia Woiciechowski

Quando o governador Manoel Ribas fundou em 17 de setembro de 1937 a Escola de Trabalhadores Rurais em Ponta Grossa projetava para o futuro as atividades de uma escola que chega em 2012 como um marco da educação profissionalizante paranaense. A história dos 75 anos do Colégio Estadual Agrícola Augusto Ribas (CAAR) ganha em setembro uma programação comemorativa especial com a participação de professores e alunos, para apresentar as conquistas, os projetos e os serviços do estabelecimento que desde 1980 é administrado e mantido pela UEPG. Instalado no Campus de Uvaranas, o Colégio Agrícola oferta o curso técnico em Agropecuária Integrado (ensino médio), com duração de três anos, nos regimes de internato e externato.
Como um dos colégios mais antigos do Paraná, o CAAR apresenta-se como um espaço importante de oportunidades para meninos e meninas, filhos de pequenos agricultores, que se preparam para a vida profissional nas áreas de agricultura, pecuária e na assistência técnica, segundo Alcebíades Antonio Baretta, diretor do Colégio Agrícola. De Capinzal (SC), Baretta morou, estudou e se formou técnico em agropecuária no colégio, em 1981, e três anos depois se integrou a seu cotidiano como técnico agrícola.
Os anos passaram e o trabalho desenvolvido no colégio determinou o convite, em 1986, para assumir como vice-diretor do Colégio Agrícola, junto com a professora Vera Márcia (então). Com a aposentaria da diretora, Alcebíades Baretta assume, em 2005, a direção do colégio, atendendo ao convite do então reitor Paulo Roberto Godoy. Para Baretta, os 75 anos do Agrícola traduzem o esforço e a dedicação de todos aqueles que construíram sua história e contribuíram na formação de vida e profissional de mais de três mil graduados no colégio. “O que nos gratifica é que os alunos que estudaram no Agrícola quando voltam, por algum motivo, dizem que os anos passados no colégio foram os melhores de suas vidas”.
O Colégio Agrícola conta, hoje, com 272 alunos matriculados. Destes 108 são internos oriundos de diferentes regiões dos Campos gerais e do Paraná. Eles marcam a sua formação em atividades teóricas e práticas. Nos 42 mil metros quadrados de hortas do colégio, os alunos plantam hortaliças, como alface escarola, mostarda e outros; em quilos, cenoura, mandioca, repolho, beterraba, batata doce e outros; e, em maços, cheiro verde. Na prática, eles têm espaços em campos como jardinagem, conservação de solos, apicultura, psicultura, fazendas, casas agropecuárias e no desenvolvimento de projetos para a área. O colégio serve mais de 250 mil refeições por ano no restaurante do Campus de Uvaranas. Entre outras instituições e entidades públicas e privadas, o CAAR mantém parcerias com a Casa da Criança Irmãos Cavanis e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
“A contribuição do colégio está na formação de técnicos agrícolas que vão divulgar novas tecnologias a pequenos agricultores que lutam, diariamente, para se tornar grandes na área”, diz Alcebíades Baretta, assinalando que “o futuro do colégio se constrói na atuação de uma equipe que veste a camisa para dar qualidade crescente em todas as atividades do colégio, vencendo as naturais dificuldades que fazem parte do cotidiano da educação”. Trata-se da responsabilidade em se levar adiante 75 anos de história que retratam o compromisso de outros passos positivos para a formação de técnicos agrícolas para a cidade e região, Paraná e Brasil, segundo Baretta. “É a proposta de uma escola que nasceu para proporcionar oportunidades de vida para adolescentes e que hoje segue o seu trabalho de qualidade na formação profissional de seus alunos”.
“Mãezona” do Agrícola
Parte da história do Agrícola, Edemê Tozetto recorda com emoção dos alunos que entraram no colégio imaturos, foram crescendo em sua formação e, hoje, se encontram como profissionais em diferentes espaços da área. Ela foi aluna da primeira turma de Economia Doméstica do colégio, em 1967, se formou em 1969, iniciando sua carreira no CAAR, em 1970, como auxiliar nas aulas de puericultura. Do tempo de estudante, ela guarda a lembrança da recepção carinhosa dos alunos do colégio. “Nós éramos a primeira turma de meninas e fomos recepcionadas e tratadas ao longo do curso com um carinho especial”, diz Edemê, que, se emociona ao dizer que o Agrícola é um capítulo valioso na sua vida”.
Por sua proximidade com os alunos em todos os seus momentos no colégio, Edemê Tozetto é carinhosamente tratada como a “mãezona” do Agrícola. No carinho expressado nas comemorações dos 70 anos do colégio, Edême recorda que os alunos, funcionários e professores marcaram em sua homenagem um pedido “continue do jeitinho que você é, amiga e profissional exemplar”. Sem esquecer daqueles que a ajudaram em seu início de carreira, como a professora Ruth Hollzmann Ribas, Edemê considera que o respeito dos alunos e colegas de trabalho são incentivo para o cotidiano diário de trabalho no colégio. “É no respeito pelos outros e no exemplo que recolhemos recompensas e o suporte para seguir em frente. Nós devemos ter no trabalho um caminho de encontros e de crescimento como pessoa. Eu me renovo em minhas buscas sempre que os ex-alunos do Agrícola visitam o colégio e perguntam: “A mãezona ainda está aqui”.
 História do Agrícola
Como Escola de Trabalhadores Rurais, o Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas (CAAR) iniciou suas atividades em setembro de 1937 na gestão do governador Manoel Ribas. Em homenagem ao pai do governador, passou em seguida a Escola de Trabalhadores Rurais Augusto Ribas. As escolas de trabalhadores rurais foram regulamentadas pelo Decreto n° 7.782/38 de 03 dezembro de 1938, com publicação no Diário Oficial 1967, Ano 3, de 13 de dezembro de 1938. Na estrutura da escola, iniciaram-se, em 1944, os cursos de Ensino Rural (três anos), que dava direito a certificado de lavrador; e o primário. O curso de Ensino Rural funcionou até a criação da Escola de Iniciação e Mestria Agrícola, em 1956, segundo a Lei Orgânica do Ensino Agrícola, subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário – curso de Iniciação (1ª e 2ª séries) e Mestria (3ª e 4ª séries), do curso Ginasial.
O funcionamento da Escola Agrotécnica Augusto Ribas ocorreu em 1959 (Portaria n° 118, de 18 de novembro/Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário da Agricultura). A escola foi instalada pelo governo do Estado em 1960 (Decreto n° 27.925, de 12 de janeiro), publicado no Diário Oficial n° 180/281, de 13 de fevereiro de 1960. Na Escola Agrotécnica, foram ofertados os cursos técnicos em Agricultura e em Zootecnia. Em 27 de julho de 1962, foram traçadas as bases curriculares para o estabelecimento, subordinadas ao DESTP da Secretaria da Agricultura, com a aprovação do primeiro currículo para o curso ginasial e colegial. As Escolas de Trabalhadores Rurais passaram a Colégios Agrícolas, em 6 de novembro de 1962 (Portaria 1049/62), implantando-se o curso Técnico Agrícola, em nível de segundo grau.
A denominação Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas surgiu em 1963. Com funcionamento em 1967, o curso técnico de Economia Doméstica Rural foi instalado em 31 de dezembro de 1966 (Portaria 1.224/66). A autorização para o funcionamento do Curso Técnico Florestal aconteceu em 1968, com o início das aulas em 1969. Após uma reorganização, o governador Jayme Canet Junior autorizou o funcionamento do Colégio Augusto Ribas – Ensino de 2° Grau, em 20 de junho de 1978 (Decreto n° 5.211), publicado no Diário Oficial n° 333, de 03 de julho de 1978. O patrimônio do Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas foi doado à UEPG, em 14 de maio de 1980, pelo governo Ney Braga (Lei n° 7.307), publicada no Diário Oficial n° 796, de 15 de maio de 1980. Também pela Lei 7.307 o estabelecimento passa a ser administrado e mantido pela UEPG.
O reitor Daniel Albach Tavares assinou o termo de transferência dos bens móveis do Colégio Agrícola Augusto Ribas para a instituição, em 13 de abril de 1981, quando nomeou o professor Rolf Loose para a direção do estabelecimento. O secretario de Estado da Educação Edson Machado de Souza reconheceu o curso de 2° Grau (regular), com as habilitações plenas em Agropecuária, Agrimensura e Economia Doméstica, através da Resolução n° 3.102/81, de 17 de dezembro de 1981. Hoje, o Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas – Ensino de 2° Grau oferece os cursos técnicos em Agropecuária e Economia Doméstica, com duração de três anos, em nível de segundo grau (internato e externato). Os atuais diretor e vice-diretor do Colégio, Alcebíades Antonio Baretta e Douglas Panzarini Taques, foram nomeados em 4 de março de 2005, na gestão do reitor Paulo Roberto Godoy.
Diretores do Colégio
Bell
Até 1939
Osvaldo
1939 -1940
Junqueira
1940 -1942
Balbino B. de Souza
1942-1943
Alecarino
1943-1944
Bartolomeu
1944
Rubens Amaral
1944
Dias
1944
Harry Weckerlin
1944
Antonio Machado
1944-1946
Vitor Costa
1946-1949
Ubiratan Sá
1949-1952
Nelson Frehse
1952-1967
Pedro Gorte
1967-1971
Wilson Rocha
1971-1973
Walteno de Oliveira Viana
1973-1974
Pedro Acir Gasparello
1974-1978
Luiz Mourão
1979-1981
Rolf G. H. Loose
1981-1996
Vera Márcia Simoneti
1996-2004
Alcebíades Antonio Baretta
 2005




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