Colégio Agrícola Augusto Ribas, Educação e Técnica a Serviço da Agricultura.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Formação intensiva perto da lavoura - destaque na Gazeta do Povo

Jovens que moram no meio rural aderem a cursos integrais sem sair de casa ou se afastar da prática


Welson Luis Gomes, 16 anos, frequenta 4 mil horas/aula para se tornar técnico agrícola em Ponta Grossa. Depois do Colégio Agrícola, quer fazer graduação para, enfim, voltar para casa, em Prudentópolis-PR.
Welson Luis Gomes, 16 anos, frequenta 4 mil horas/aula para se tornar técnico agrícola em Ponta Grossa. Depois do Colégio Agrícola, quer fazer graduação para, enfim, voltar para casa, em Pruden­­­tópolis
Josué Teixeira/Gazeta do Povo


Se a escolha entre a permanência no campo e a sequência nos estudos sugere opções excludentes, o jovem Valdecir José Almeida Lúcio prova o contrário. Quando se deparou com esse dilema – e optou por conciliar as duas atividades – encarou resistência dos próprios pais, mas insistiu. Agora, aos 17 anos, está próximo de concluir o ensino médio na Casa Familiar Rural de Guaraniaçu (Oeste do Paraná) e faz planos para o futuro, que deve ser construído na zona rural.
Ele fica uma semana na escola e outra em casa. A pedagogia da alternância, adotada em 44 unidades de ensino do Paraná, mantém 2,1 mil alunos próximos da atividade rural.
As casas familiares rurais ampliaram em um terço o número de estudantes focados na produção agropecuária durante o ensino médio. As tradicionais escolas agrícolas somam 20 instituições de ensino integral no Paraná e atendem 6 mil alunos.Nos dias em que está na escola, o tempo livre é dedicado às tarefas domésticas e ao lazer. Quando volta para casa, ele leva um documento que relata a rotina da semana, para que os pais saibam o que foi ensinado. E o conhecimento ganha efeito prático. Lúcio já adicionou a apicultura às atividades da família e agora pretende abrir espaço à produção de leite na área de 24 hectares. “Terminando o curso terei mais tempo para trabalhar nisso”, conta, confirmando o desejo de permanecer no campo.
A alternância é defendida como um método eficaz. “Abre-se um leque para que o aluno tenha incentivos para ficar na propriedade”, aponta Gilberto José de Souza, coordenador da Casa Familiar Rural de Guaraniaçu. O ensino rende formação técnica aos estudantes, como nos colégios agrícolas, com menor carga horária em sala de aula.
O sistema é apoiado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que faz a fiscalização e disponibiliza professores. Cabe a Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil (Arcafar), uma entidade sem fins lucrativos, fazer a coordenação das casas e articular parceiros, que colaboram para manter as instituições em operação. Fabiana Cristina de Campos Skrobot, diretora do Departamento de Educação e Trabalho da Seed, explica que o modelo foi implantado há cerca de dez anos, baseado em casos bem-sucedidos no exterior.
Escola integral exige dedicação e disciplina
O despertador toca cedo, as 6h30 da manhã. Entre as espreguiçadas e o café da manhã é preciso ser rápido, pois a aula começa as 7h30 e vai até as 11h35. Após a pausa para o almoço, às 13 horas o ciclo recomeça e só termina as 17h35. A rotina é diária e não garante folga nem mesmo nas férias, quando um estágio obrigatório precisa ser cumprido.

Escola em Pinhão: experiência ajuda no aprendizado
Esse dia a dia é encarado por Welson Luis Gomes Junior, 16, e outros 6 mil alunos matriculados nos 20 colégios agrícolas do Paraná. O sistema existe há mais tempo que as Casas Familiares Rurais (CFR), não adota o método da alternância, e tem disputa por vagas.
Durante os três anos de ensino médio, os estudantes são preparados sob rígida disciplina e extensa carga horária. No fim do curso, ganham o título de técnico agrícola, após vencerem mais de 4 mil horas/aula. O índice se assemelha ao das faculdades de agronomia, garante Douglas Taques, vice-diretor e ex-aluno do colégio Augusto Ribas, de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
Septuagenário, o Augusto Ribas confirma a tradição do modelo. Atualmente tem 280 alunos – a maior parte volta para casa no fim do dia. Welson e outros 79 colegas permanecem, pois vivem em regime de internato. O retorno para Prudentópolis (Campos Gerais), cidade onde mora a família, ocorre em fins de semana esporádicos ou durante as férias.
O alojamento oferece a assistência básica necessária. “Somos os pais deles aqui”, confidencia Taques. Médicos, psicólogos e dentistas estão à disposição para atendimento, graças à parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que recebe os recursos do governo e mantém a escola ativa.
Assim como nas CFR, os professores exaltam a possibilidade dos alunos estarem em contato com temas que vão além da matriz curricular tradicional. A formação ajuda a abrir novas portas. Welson planeja ficar em Ponta Grossa e prestar vestibular para agronomia ou veterinária e, só depois, voltar para casa.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Comemoração dia do Meio Ambiente


Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizou-se no Auditório do Colégio apresentações por alunos e professores, foram recitados poesias e músicas, escritas pelos professores e alunos. 
















Mesa julgadora



























Alunos do Colégio Agrícola unem Leminski e Escher




"A dedicação e o empenho do alunos do terceiro ano do CAAR na apresentação dos trabalhos, hoje pela manhã, mostraram que vale a pena ser professor. Estou muito feliz e realizada. Obrigada a todos vocês que superaram as nossas expectativas, aprenderam muito e nos ensinaram mais ainda. Amo muito ser professora de Matemática e professora de alunos muito queridos, dedicados e responsáveis como vocês!!!! " 














A junção das obras do poeta paranaense Paulo Leminski e do holandês Mauritus Cornelis Escher se materializou na exposição dos alunos da terceira série do ensino médio do Colégio Agrícola Augusto Ribas (CAAR), que integra a estrutura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Os trabalhos foram expostos nesta sexta-feira (14/6), no auditório do CAAR, no Campus Universitário de Uvaranas.
A idéia de unir trabalhos dos dois artistas surgiu do acaso, conforme relata a professora Iloir Borsato, da disciplina de Português. A idéia inicial era visitar a exposição “Magia de Escher”, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, atividade proposta pelos alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID licenciatura em Matemática, que atuam no CAAR, sob a coordenação da professora Rita de Cássia Amaral Vieira. A viagem ocorreu em 27 de abril.
“Mas chegando lá, simultaneamente, acontecia exposição ‘Múltiplo Leminiski’, do poeta Paulo Leminski”, conta a professora. “Então surgiu idéia da interdisciplinaridade, de utilizar os poemas de Leminski na obra de Escher”, explica, comentando que o resultado foi além do que os professores envolvidos esperavam.
Segundo a professora, os alunos se engajaram na proposta e conseguiram captar as idéias das duas propostas. Os 75 alunos foram divididos em grupos e cada equipe desenvolveu um trabalho com base nas temáticas, resultando em 18 produtos. “Para nós professores foi muito gratificante”, diz Sara Tramontin, também da disciplina de Português, destacando o suporte dos bolsistas do PIBID (John Lennon Ribeiro, Marcela dos Santos e Bianca Cristina Motyl), na concepção e montagem dos trabalhos.
A professora Alzenir Virginia Ferreira Soistak (Matemática/CAAR) comenta muitos alunos tem dificuldade na disciplina na aprendizagem da Matemática, que não se restringe a números e cálculos. “Através desse trabalho, eles puderam aprender vários conhecimentos matemáticos intuitivamente”, ressalta, enaltecendo a participação dos alunos do PIBID. Ela considera o programa para a formação continuada, pois promove estudo, leitura e também diversifica o ensino em sala de aula.
Os acadêmicos do PIBID/Matemática também comemoram o resultado da atividade. “Os alunos se envolveram intensamente nos trabalhos e foram aumentando a capacidade de criar”, disse John Lennon Ribeiro. Já Marcela dos Santos afirma que todos gostaram por ser uma atividade fora da sala de aula, motivando que também alunos de série anteriores que não participaram diretamente da atividade. “Para nós alunos da licenciatura, essa a aproximação do dia a dia na sala de aula, auxilia na decisão da profissão”.
O diretor do CAAR, professor Alcebíades Antonio Baretta parabeniza toda a equipe envolvida no trabalho, pelo resultado surpreendente. “Foi com muita dedicação e compromisso de todos que fizeram com que esse resultado fosse positivo. Alguns trabalhos mais simples outros mais sofisticados, mas todos atingindo a meta”.
Os trabalhos
‘Visão do infinito’ equipe Luane , Thassia, Guilherme, Michael – 3ºC - ‘Quebra cabeça – ladrilhamento com animais’ (Bruna, Luiz Fernando, Victor Hugo, Wesley, Rafaela – 3º B) ‘Jogo de Espelho – ilusão de óptica’ (Mari, Ana Flávia, Cristine, Mateus – 3º C) ‘Quebra cabeça – cascata de Esher’ (Welson, Leonardo André, Michelly, Nathaly – 3º A) ‘Quebra cabeça com várias obras de Escher e Paulo Lemisnki’ (Bruna, Jeferson, Suelen, Juciane - 3ºA) – ‘A Magia de Escher’ (Fernando, José Matheus, Rodrigo Arfelau, Rodrigo, Isabel – 3º A) ‘Poliedro de Escher (Carolina, Bruno, Roberta – 3º C) – ‘Reprodução da Maquete Universidade Livre do Meio Ambiente – UNILIVRE ( Douglas, Evelin, Gabriel, Natanael, Norton- 3º A) – ‘A visão do infinito’ (Michael, Gabriel, Simone, Nicholas, Denis – 3º A) ‘Magia de Escher – idéia do infinito universo paralelo’ (Jocelaine , Marcos Paulo, Denner – 3º B) ‘Idéia de continuidade’ (Iago , Leonardo , Bruno , Luan – 3º B) ‘Principal idéia do infinito’ (Cristiny, Murilo, Caroline, Elisane 3º B).