O
Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas (CAAR), vinculado à
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), se insere no
desenvolvimento do Programa Agrinho Solos, promovido pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR-PR, pertencente ao sistema FAEP
(Federação da Agricultura do Estado do Paraná). Nesta terça-feira (24),
alunos do 3º ano do curso de Técnico em Agropecuária fecharam uma das
etapas do projeto, apresentando conteúdos de preservação da água e do
solo para alunos do Centro de Atenção Integral à Criança – CAIC Reitor
Alvaro Rocha, também ligado à UEPG.
O Agrinho Solos é uma inciativa inédita
do SENAR-PR, cujo projeto piloto, envolve colégios agrícolas e escolas
de ensino fundamental de Cambará (Norte Pioneiro), Castro e Ponta Grossa
(Campos Gerais), Lapa (Região Metropolitana de Curitiba), Palotina
(Oeste) e Umuarama (Noroeste). A partir do tema “Conservação de solos:
sustentabilidade que garante o amanhã”, a ideia é unir a metodologia já
consolidada do Agrinho, projeto educacional do SENAR, com as diretrizes
do Programa Integrado de Conservação do Solo e Água do Paraná – Prosolo,
da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Em sua primeira fase, nos meses de maio e
junho, o Agrinho Solos promoveu palestras de capacitação de professores
e alunos dos colégios agrícolas, visando à formação de multiplicadores
do conhecimento e práticas para a conservação do solo e da água. Nesse
período, alunos das terceiras séries, participaram de cursos com carga
horária de 16 horas, sobre o manejo de solos dentro das próprias
instituições. Nesse treinamento, desenvolveram ferramentas didáticas
(maquetes, teatro de bonecos, cartazes, flyers e outros), para levar o
conhecimento apreendido aos alunos da rede pública de ensino.
Nesta fase de disseminação do
conhecimento, os alunos do CAAR percorreram 13 estabelecimentos de
ensino, 12 escolas da rede municipal e mais o CAIC, que é vinculado à
UEPG e na sua estrutura dispõem de uma escola municipal e outra
estadual. “Superamos a nossa meta inicial de atingir 10 escolas”, diz o
diretor do CAAR, Jail Bueno, observando que deixou de atender inúmeros
pedidos de diretores de escolas, em respeito às datas de cada fase do
Agrinho Solos. Ele estima foram alcançados cerca de 1.000 estudantes do
ensino fundamental I (1º ao 5º ano) e ensino fundamental II (6º ao 9º
ano).
No CAAR, a primeira ação do Agrinho Solos
foi desenvolvida, em maio, em palestra do especialista na área de
solos, Cleverson Andreoli, para os professores e 300 alunos do colégio.
Após a capacitação, os alunos passaram pelo curso de capacitação sobre o
tema do programa e foram divididos em equipes, a partir dos temas ‘A
agricultura conservacionista’; ‘Sistemas conservacionistas de cultivo de
grãos’; ‘Processos de degradação do solo e controle’; e compactação dos
solos’. Na sequência, sob orientação dos professores Adalci Leite Tores
e José Elias Adamovicz, da Disciplina de Solos, e com apoio da direção e
equipe pedagógica, montaram apresentações para levar às escolas
apontadas pela Secretaria Municipal de Educação.
Superada esta fase de multiplicação do
conhecimento, visando a conscientização das crianças sobre a importância
da conservação do solo, das matas e mananciais, o Agrinho Solo inicia a
fase de concurso, envolvendo todos os agentes participantes da
iniciativa (alunos e professores dos colégios agrícolas e da rede
municipal). Os alunos do 3º ano do CAAR, por exemplo, deverão produzir
um vídeo de até três minutos, apresentando ideias e ferramentas
inovadoras que podem ser usadas na conscientização dos estudantes. Eles
vão concorrer a 10 notebooks.
Ainda vão participar, os alunos do ensino
fundamental I, das escolas municipais, que deverão elaborar redações
sobre o tema “Conservação de solos: sustentabilidade que garante o
amanhã”. Estes concorrem a oito notebooks. Os colégios agrícolas e as
escolas também concorrem, devendo apresentar relatórios das ações
desenvolvidas no âmbito do Agrinho Solos. Serão premiadas com notebooks e
equipamento para aferir a compactação do solo. Por fim, os professores
tanto da rede municipal como dos colégios agrícolas deverão relatar
(defesa pública) a experiência pedagógica adquirida a partir das
diretrizes do Agrinho Solo. O melhor trabalho receberá um automóvel. A
premiação deve ocorrer em novembro.
AGRINHO SOLO
O Agrinho Solo tem o objetivo de auxiliar
na profissionalização dos futuros técnicos agropecuários trabalhando a
importância da conservação e o correto manejo de solos. Visa ainda
capacitar os professores e alunos formandos dos colégios agrícolas
selecionados, para que sejam multiplicadores da temática aos professores
e aos alunos do ensino fundamental I da rede pública de ensino do seu
município. O projeto ainda contempla a capacitação de técnicos agrícolas
e engenheiros (agrônomos, florestais, agrícolas), com cursos de manejo
de solo e água em propriedades rurais e microbacias hidrográficas
(presencial e a distância). Em 2018, a iniciativa deverá se estender a
outras regiões do Paraná.
Fonte: UEPG
Fonte: UEPG
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