Liberado defensivo para combater lagarta
Helicoverpa armigera
O
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou nesta
quinta-feira (04.04) a importação e aplicação de defensivos para combater a
quarentenária A-1 Helicoverpa armigera. A praga está atacando lavouras de
algodão e soja na região oeste da Bahia, causando grandes prejuízos aos
produtores locais, pois é a primeira vez que se registra a presença da lagarta
em solo brasileiro.
Prejuízos com lagarta Helicoverpa armigera chegam a 80% do feijão
em SP
A
autorização publicada no Diário Oficial da União libera produtos que tenham
como ingrediente ativo único a substância Benzoato de Emamectina, e sejam
registrados em outros países. A medida tem caráter emergencial, e foi negociada
entre os Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, no âmbito do Comitê
Técnico para Assessoramento de Agrotóxicos (CTA).
O Mapa
vai publicar Instrução Normativa ainda esta semana regulamentando a utilização
do Benzoato de Emamectina. Já se sabe que entre as regras vai constar que a
aplicação terá de passar por “planos técnicos aprovados pelas autoridades
fitossanitárias dos Estados”, segundo informa o Ministério.
Fiscais
Agropecuários (estaduais e federais) farão o acompanhamento e supervisão da
aplicação da substância. As autoridades vão ainda fiscalizar o uso, monitorar
as doses, o número de aplicações e as tecnologias utilizadas.
Prejuízos com lagarta Helicoverpa armigera chegam a 80% do feijão
em SP
De acordo com o Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo, as perdas
causadas pela lagarta Helicoverpa armigera chegam a 80% no feijão e 60% na
cultura do algodão. O levantamento do Sescoop/SP foi feito junto a cooperativas
paulistas.
“Os botões (do algodão), ao
invés de florescerem naturalmente, ficam bifurcados, comprometendo a produção”,
explica Flávia Maria Sarto, consultora do ramo de Agronegócio do Sescoop-SP.
Segundo ela, as perdas nessa cultura atingem várias regiões do estado, enquanto
o ataque ao feijão foi constatado principalmente na região do Paranapanema.
“O prejuízo provavelmente
virá na redução do peso desses botões e, consequentemente, teremos perdas de
produtividade. (Os defensivos) garantiram um número aceitável de botões por
planta”, ressalta Flavia. No entanto, ela diz que não foram detectadas perdas
no algodão transgênico, e também em regiões de algodão que antes eram ocupadas
por cana de açúcar. “A larva também não afetou as regiões que receberam
controle biológico do plantio de cana”, esclarece.
5 inseticidas podem controlar lagarta Helicoverpa
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11/04/13 - 12:44
Substâncias aguardam liberação de importação, que só foi dada ao Benzoato de Emamectina, proibido pela Anvisa e Ibama
por Leonardo Gottems
A emergência sanitária provocada pelos danos causados pela lagarta exótica Helicoverpa spp levou a Coordenação de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura a permitir o uso emergencial de cinco tipos de agrotóxicos. Os inseticidas liberados pelo Ato nº 15 são à base de: Vírus VPN-HzSNPV, Bacillus thuringiensis, Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe.
No entanto, a medida (editada em 14 de março) precisa ser seguida de autorização de importação pelos órgãos oficiais. Neste ponto ocorre um atraso que causou estranheza ao engenheiro agrônomo Tulio Teixeira de Oliveira, diretor executivo da Aenda (Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos).
O dirigente enviou correspondência ao ministro da Agricultura, Antonio Andrade, questionando o fato de, até agora, só o Benzoato de Emamectina ter tido sua liberação de importação concedida. O agravante é que a substância teve seu registro negado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2007, por ser considerada tóxica para o sistema neurológico. O órgão oficial aponta trabalhos no Brasil atestando a eficiência de outros produtos para combater a lagarta.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) posicionou-se contra o registro emergencial do produto. Tulio de Oliveira pede, na carta, que seja dado tratamento igualitário de liberação de importação aos demais cinco agrotóxicos já permitidos no Brasil para controle da Helicoperva.
OS INSETICIDAS LIBERADOS
O Baculovírus, cujo o ingrediente ativo ingrediente ativo é o vírus VPN-HzSNPV, é um inseticida biológico recomendado para soja e algodão. A forma de aplicação é conhecida, realizando-se uma pré-mistura com um pouco de água sendo apresentável como uma suspensão.
Outro inseticida biológico é conhecido a décadas no Brasil como Bacillus thuringiensis, e tem a recomendação terrestre e aérea utilizando entre 500 a 750 gramas por hectare. A dosagem em alto volume é de 200 litros de calda por hectare, e em baixo volume um mínimo de 40 litros por hectare. É distribuído por quatro empresas no Brasil: Bio Controle, Vectorcontrol, Sumitomo e Milenia.
O produto Clorantraniliprole é um inseticida químico apresentado em suspensão concentrada e granulado, dispersível para uso em soja e algodão. Pode ser aplicado via terrestre, pivô central ou aérea. A dosagem em algodão é de 150 ml/ha e em soja é de 50 ml/ha. Este produto, atualmente, não é comercializado pela Syngenta.
O Indoxacarbe é um inseticida químico de suspensão concentrada, granulado dispersível para uso também em Algodão e Soja. Em aplicações aéreas com barra ou micronair o volume de aplicação deve ser de 40 litros de calda por hectare, sendo recomendado em algodão 400 mL/ha. Leva os nomes comerciais de Avaunt 150 e Rumo WG da Dupont.
Também o inseticida em suspensão concentrada Clorfenapyr é indicado para o controle da lagarta em algodão e soja. É aplicado por via terrestre utilizando pulverizadores tratorizados, dosando em algodão 1,5 litro por hectare. Esta molécula é da Basf, e apresentada com as marcas comerciais Pirate e Sunfire.
As informações são do AgrolinkFito (clique para saber mais)
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