Mostra cultural marca ‘Dia da Consciência Negra’ no Agrícola
por Assessoria de Imprensa
A abertura da Mostra de Cultura
Étnico-Racial marcou o “Dia da Consciência Negra” no Colégio Agrícola
Estadual Augusto Ribas (CAAR), vinculado à Universidade Estadual de
Ponta Grossa (UEPG), na última sexta-feira (20). Os trabalhos continuam
em exposição durante esta semana do espaço do auditório do colégio,
temáticas que abordam, não apenas a cultura afro-brasileira, mas também
tradições e costumes de outras etnias, como os ciganos e indígenas.
Na abertura, o diretor do CAAR, Jail
Bueno, destacou a importância da realização da mostra para mostrar a
diversidade cultural do povo brasileiro e despertar a consciência dos
estudantes para o respeito à diversidade. “É uma oportunidade
aumentarmos nossos conhecimentos sobre a cultura étnico-racial”, disse a
coordenadora da equipe multidisciplinar do CAAR, Jaqueline de Morais
Costa.
“O ser humano precisa se conscientizar de
que não está sozinho no mundo. Precisa reconhecer que nas diferenças
estão nossas maiores riquezas”, reforçou a professora Regina Follador,
comentando que não existe uma só pessoa igual à outra no planeta. “Não
existe cor, raça, religião ou posição social”, disse, falando sobre a
necessidade de se respeitar as diferenças. Especificamente sobre o ‘Dia
da Consciência Negra’, falou sobre o poeta e militante do movimento
negro, Oliveira Silveira, um dos líderes da campanha pelo reconhecimento
da data, comemorada em 20 de novembro.
Para falar sobre a questão racial no
Brasil, a equipe multidisciplinar do CAAR convidou o professor Luiz
Carlos Taques Ribeiro, do Departamento de Educação Física da UEPG. Com
um depoimento forte, que prendeu a atenção dos alunos, falou sobre
situações pelas quais passou ao longo de sua trajetória de vida, nas
quais foi discriminado pela sua condição de negro, mostrando que o
preconceito racial continua latente na sociedade brasileira.
A apresentação do professor Silvestre
Alves Gomes trouxe para os alunos a cultura do tropeirismo, presente nos
costumes e tradições da população dos Campos Gerais. Ele é professor de
Língua Portuguesa e Literatura, cantor, compositor e violonista
autodidata. Com seu projeto Cancioneiro da Rota, aborda em seu
repertório de identidade própria e regional, o tropeirismo, a
valorização humana, o folclore e o meio ambiente.
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